quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A Química do desejo


A Revista Galileu de junho de 2008, trouxe uma reportagem bastante interessante sobre a química do desejo. Segundo a mesma, ainda que o visual seja o primeiro e talvez o mais importante estímulo, o jogo da atração sexual tem regras bem mais complicadas, nem sempre claras. É óbvio que corpos sarados e rostos harmônicos sempre fazem sucesso, mas outros atributos, como cheiro e voz, além de características psicológicas como humor, têm se mostrado cada vez mais determinantes para a vitória ou derrota dos participantes dessa verdadeira maratona. Isso é o que destaca a psicologia evolutiva — ciência que estuda os mecanismos adaptativos psicológicos que fazem parte do que chamamos de natureza humana.

Uma substância chamada Complexo de Histocompatibilidade Principal (MHC) é apontada pela matéria como o segredo do desejo e atração. A substância aparece na saliva, o que explica porque o beijo funciona como um critério de corte. “Se o beijo for bom, as chances de o casal acabar na cama aumentam. Porque , além de ser uma oportunidade de verificar a compatibilidade imunológica, ele amplia outros elementos da atração, como cheiro e visão.” Controvérsias a parte, pois geneticistas e psiquiatras entrevistados na matéria são céticos em relação ao poder absoluto do MHC sobre o comportamento humano, veja o que diz a Galileu:

“Apesar de não nos darmos conta, temos um olfato apuradíssimo para detectar um conjunto de genes conhecido como MHC, que controla o sistema imunológico e influência a rejeição de tecidos. Quanto mais parecido o MHC do casal, maiores as chances de o útero rejeitar o feto. Portanto, nesse caso (e só nesse), a máxima de que os opostos se atraem está corretíssima.” Teríamos a capacidade inconsciente de detectar qual o parceiro oferece mais segurança para a reprodução, apenas pelo olfato.


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Outra substância que é analisada pela reportagem são os feromônios: que atuam como um sistema de comunicação que funciona melhor entre as mulheres. Existem quatro categorias de feromônios e uma delas é que age sobre o sistema endócrino, regulando a mestruação. Por isso, muitas de nós já reparamos que as mulheres que convivem costumam menstruar na mesma época. Tudo por causa dos feromônios que também ajudam a regular a ovulação. Não fosse assim, quando vivíamos em estado natural, se apenas uma fêmea ovulasse numa época, todos os homens da comunidade estaríam voltando sua atenção reprodutiva para a mesma.

Essas reações químicas são tão influentes e complexas que uma pesquisa da revista Evolution and Human Behaviour, revelou que entre strippers que estavam ovulando e as que não estavam a variação das gorjetas eram de: US$ 70 em média para as que estavam ovulando, US$ 35 para as que estavam mestruando e as que não estavam em ciclo nenhum US$ 50.


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Outra curiosidade que a Galileu destaca é o sexercise, recomendado pelo Serviço de Saúde Britânico (NHS) aos súditos da rainha como terapia preventiva a uma série de doenças. Quando é fonte de prazer, o sexo, como toda a atividade prazeirosa é muito benéfica à saúde. Eis alguns benefícios:

1. Calma e bem-estar (alívio do estresse), graças à endorfina liberada pelo organismo;

2. Alívio de dores pelas substâncias analgésicas também liberadas no organismo;

3. Vida longa;

4. Prevenção aos problemas cardíacos;

5. Menos risco de câncer de próstata;

6. Melhoria do sono graças à liberação de oxitocina durante o orgasmo;

7. Melhoria do condicionamento muscular;

8. Melhoria da textura e qualidade da pele e cabelos.

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